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Cemitério no Viel Armand (Hartmanwillerkopft para os alemães até ao fim da I guerra mundial) - Alsácia |
Se a morte fosse o fim de tudo.
Se a conquista do metro seguinte,
Permitisse guardar o anterior.
Que avanço pode trazer a conquista,
Se não permitirmos que Deus tenha primeiro,
O nosso coração, a nossa vontade,
Esta determinação que nos motiva.
« ó morte onde está o teu aguilhão » ?
Porquê morrer pelo homem,
Quando precisamos viver para Deus.
Que causas são estas que exigem,
Todo o nosso sangue ?
Na sujeição ou na revolta
Na vitória ou na derrota ?
Posso eu dizer não à morte ?
Quero eu lutar contra o meu pai,
Ou levantar-me contra o meu irmão ?
Dizer que ele é meu inimigo,
Quando toda a vida foi amigo.
Somos nós traídos pela pátria,
Estando na trincheira a todo o custo ?
Ainda que a morte nos leve tudo,
Os filhos, os pais, a memória,
Nada torna tão próximo, a aclamação,
O triunfo de Deus sobre as eternas trevas.
« Onde está, ó morte, o teu aguilhão ? »
Cristo tomou todo o teu veneno,
Prontos estamos agora para a vida.
Orlando Esteves, 26 setembro 2017
Este poema foi escrito depois de ter passado algumas semanas do verão de 2017 na Alsácia, França a visitar e a investigar varios lugares relacionados com a Grande Guerra 1914-1918.
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