
Pedra de esforço desumano
Amontoada em ordem divinal,
Uma após outra, Yahweh disse.
Pedra insólita, lúgubre, quedada.
Formaste uma parede,
Chamaram-te muro.
Lamentações, gemidos,
Corridos, trazidos, lânguidos.
Lado de um tempo ausente,
Presente no seio da esperança.
Testemunha à vida de homem,
Da sua grandeza, da sua miséria.
Quanto sangue espargido
Por cada laje percorrida.
Quanta dor contada
Em ambos os lados da barricada.
Oh Jerusalém de ódio e de amor,
Pedras que falam,
Por cada vida caída.
Oh Jerusalém de esperança,
Por que acalentaste a vida
Que nos traz a vida.
Cada lamentação,
Traz uma oração na fissura
Do tempo
Que a pedra perdura.
Orlando Pedro Esteves
17/07/2010
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